sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A criminalidade infantil no Brasil

     Há alguns anos, o Brasil vem ganhando destaque internacional no que se refere à sua economia, que, de fato, tem melhorado bastante. Porém, não somente de boa economia sobrevive um país. Os brasileiros sofrem com muitos outros problemas: um deles, gravíssimo, é a criminalidade infantil. A desestrutura familiar e a falta de investimento em educação de qualidade fazem com que crianças e adolescentes saiam de casa e vão morar nas ruas, onde têm contato com as drogas e optam pela vida do crime.
     Todos os dias, lemos ou ouvimos notícias de crianças cada vez mais novas envolvidas na violências urbana. Isso é explicado pelo fato de criminosos mais experientes saberem que adolescentes entre 12 e 18 anos não podem ficar detidos por muito tempo e crianças menores de 12 anos não podem sofrer qualquer tipo de restrição à liberdade. Desse modo, praticam crimes, não são punidos e continuam nas ruas.
     É fato que adolescentes menores de 18 anos não têm as ideias totalmente formadas e, justamente por isso, é dever das famílias e do governo zelar pelo juízo e segurança dos mesmos. Existe uma lei que garante isso, porém, assim como muitas outras leis brasileiras, ela não funciona para todos. Como resolver, então, o problema da criminalidade infantil em nossa sociedade?
     Primeiramente, é necessário que certas leis sejam revistas: um delinquente, por mais novo que seja, não pode ficar impune toda vez que cometer um crime. É preciso, também, que as autoridades façam funcionar as boas leis, que já existem e fazem sentido. O governo, por sua vez, deveria investir mais em educação e manter as crianças e adolescentes na escola. Para quem nasce em uma família desprivilegiada, a educação é o único meio para se tornar alguém na vida, já que o crime dá um sustento apenas momentâneo. Na esfera familiar, os pais deveriam amar e cuidar mais dos filhos. Na grande maioria das vezes, as crianças vão para a rua por não terem apoio e cuidado em casa. Assim, se governo, família e sociedade realmente lutassem juntos, o problema de criminalidade infantil no Brasil com certeza seria erradicado. Seria uma mudança devagar e gradual, porém efetiva.

Mariana

terça-feira, 1 de novembro de 2011

O ENEM e suas falhas

     No último final de semana, 22 e 23 de outubro, aconteceu o ENEM, exame que serve como primeira fase para muitas universidades públicas ou como única fase para universidades que adotaram como vestibular o SiSU (Sistema de Seleção Unificada). O ENEM é composto de 180 questões, sendo 90 questões realizadas no sábado e as outras 90 no domingo; é uma prova cansativa, que exige esforço físico e mental, portanto, não mede apenas conhecimento, mas também resistência. Até alguns anos atrás, essa prova servia apenas para testar o conhecimento de alunos que terminaram o Ensino Médio, e acrescentava alguns pontos para o vestibular daqueles que decidissem por realizar o exame. Hoje, porém, muitas universidades adotam o ENEM como primeira fase do vestibular, ou até mesmo como fase única (SiSU). O SiSU foi criado para unificar a entrada em universidades públicas: realizando apenas o ENEM, o aluno pode disputar uma vaga em diferentes universidades, espalhadas por todo o país.
     Sendo de tão grande importância para a educação, o esperado seria que o ENEM fosse um exame desenvolvido com alto nível de rigor e que a prova, já montada, permanecesse guardada sob sigilo absoluto, além, é claro, do cuidado dos fiscais na hora de aplicar a prova. Porém, a realidade não é essa. Desde 2007, os problemas e furos do ENEM vão desde alterações de datas do exame e divulgação de gabaritos errados, até vazamentos de dados pessoais de inscritos e furto das provas. O MEC (Ministério da Educação) e o INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) têm um ano inteiro para montar as provas, organizar as datas, corrigir as notas dos exames e solucionar possíveis problemas. Qual será, então, a grande dificuldade? Por que algumas universidades públicas que têm seus próprios vestibulares conseguem manter a prova intocável e sem grandes erros até o dia da aplicação?
     Essas questões vão muito além do que a maioria pensa, porém a certeza é uma só: do jeito que está, não é possível continuar. Não bastasse a ansiedade e o nervoso que os estudantes sofrem naturalmente por realizarem uma prova tão importante, ainda têm que lidar com o stress por saberem que, provavelmente, o ENEM daquele ano terá problemas, assim como todos os outros anos. Portanto, é preciso que mudanças sejam feitas rápida, porém cautelosamente. O exame deve ser montado, guardado e vigiado por profissionais muito bem qualificados e acima de qualquer suspeita, assim não ocorrerá furto de provas nem vazamento de questões; as datas devem ser previamente analisadas antes de serem divulgadas; e os gabaritos, também antes da divulgação, muito bem corrigidos. As soluções são simples e, se seguidas, nos próximos anos o ENEM não terá tantas falhas e os estudantes poderão, enfim, se preocupar apenas em fazer uma boa prova.

Mariana